segunda-feira, 7 de abril de 2014

No rádio, na Câmara...
 
Vem tendo algum êxito nosso propósito de pautar o Esperanto na mídia. Semana passada, após o programa Cotidiano, da EBC/Rádio Nacional entrevistar-nos por 12 minutos (link: http://radios.ebc.com.br/cotidiano/edicao/2014-03/ensino-do-esperanto-aguarda-incentivo ) a Intranet da Câmara Legislativa do Distrito Federal publicou segundo artigo nosso em seu Blog de Cultura:
Esperanto na atualidade
Por Afonso Camboim - consultor técnico-legislativo da CLDF, diretor da Câmara Brasileira da Língua Internacional Esperanto - CBLIE
 
Lançada como projeto de língua internacional pelo médico polonês L. L. Zamenhof, em 1887, o Esperanto é hoje uma língua viva utilizada em mais de 100 países. A comunidade internacional esperantista organiza-se por meio de milhares de entidades, que têm como referência maior a Associação Universal de Esperanto – UEA (órgão que mantém relações oficiais consultivas com a Unesco desde 1954), com sede em Rotterdam.
 
Os países de um modo geral têm diversas entidades locais e pelo menos uma nacional (a exemplo da Liga Brasileira de Esperanto - BEL), as quais promovem o ensino, o uso e a divulgação da língua.
 
Com o surgimento da internet, o significativo crescimento e a integração do movimento levam as lideranças esperantistas do mundo inteiro a trabalharem pela inserção do Esperanto nos sistemas oficiais de ensino, conforme recomendam expressamente duas Resoluções da Unesco (1954 e 1985).
 
No Brasil, essa linha de ação tem apoiado massivamente o Projeto de Lei 6.162/09, do senador Cristovam Buarque, que insere o Esperanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, garantindo-lhe o mesmo status curricular que a Lei atribui às línguas estrangeiras. Além disso, a BEL encaminhou uma Carta Aberta à Presidência da República, a qual apresenta um projeto preliminar e conclama o governo brasileiro a ousar um pioneirismo na promoção da comunicação verbal direta com reciprocidade e isonomia – que é o que o Esperanto faculta no cenário mundial. A mesma carta, com ilustrativos anexos, dirige-se especificamente à Presidenta Dilma e aos ministros da Secretaria-Geral da Presidência, da Educação e do Ministério das Relações Exteriores, e chegou a ser entregue diretamente ao Ministro Gilberto Carvalho, em junho/13, por intermédio do Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Wasny de Roure.
 
O assunto, portanto, começa a ser tratado nas esferas governamentais do Brasil e de diversos países, e é possível que em breve todos os cidadãos do planeta possam começar a dispor de um privilégio do qual só os esperantistas hoje podem usufruir: o de aprender apenas mais uma língua, para poder falar diretamente com falantes nativos de centenas de línguas. Esse “bilinguismo suficiente” é o que o Esperanto coloca à disposição da humanidade. Dispensando o poliglotismo ou traduções, os esperantistas realizam anualmente centenas de eventos internacionais, às vezes com milhares de participantes de 50/60 países (como é o caso do congresso mundial de esperanto que ocorre em algum país a cada ano), utilizando apenas uma língua-ponte. Nada parecido ocorre em outros eventos internacionais, onde inumeráveis traduções (e quiproquós) são a regra.

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